Nesta tarde aconteceu mais um
episódio da luta contra o desrespeito aos profissionais em educação de Portel.
Com a sala lotada, o auditório da escola Abel Figueiredo ficou pequeno para
tantos servidores da educação. Deliberariam ali os assembleados uma situação
cujo desenrolar se deu por falta de diálogo, um resquício de um governo que
entregou a tocha da administração tipificada como arrogante e autosuficiente.
No meio da luta sindical abre-se
uma luta, claramente demonstrada pelas palavras de um grupo que pretende tomar
as rédeas do SINTEPP, talvez numa proposta de vender ao governo suas cabeças
como aconteceu no passado. No entanto, a experiência falou mais alto,
equilibrando os ânimos para que os colegas não entrassem em choque antes da
hora, pois decisões de maior interesse reinavam no salão. Entre elas,
servidores sendo alvo da perseguição através de processo administrativo com
acusações falsas, no intuito de diminuir os mais destacados membros da luta
pelos direitos dos professores.
Salvo engano meu, vi pessoas
ousarem atacar até aqueles que ousaram fazer um breve descanso, um recreio
recheado de uma ou duas cervejas, como se o guerreiro também não tenha na sua
estrutura a carne em vez de ferro. Ora, inveja ou adversidade também faz parte,
sobretudo quando esses elementos impõem desejar o que não se tem, tais como
coragem, oratória, aguçamento dos sentidos e a rara capacidade de ler nas
entrelinhas. Achar culpa naquele que não saiu da toca porque o lobo estava por
perto, capaz de morrer de fome lá no fundo se o bicho mau não for embora.
Covardes, além de invejosos, também têm espaço ao sol, isso, convenhamos,
também é um direito que lhes assiste. Vender a alma ou o seu sindicato ao poder
também é uma arte, ainda que seja a arte da covardia, pois ser covarde implica
em ter uma grande coragem de enfrentar a sombra do futuro, do esquecimento por
ser um grande traidor. Quantos deles se poderia elencar aqui, cujo nome caiu no
esquecimento popular?
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